Negócios do DF revelam expansão para a Amazônia em painel da Campus Party Brasília
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Por: DIÁRIO DA MANHÃ, Publicado em: sexta, 25 de março de 2022

Empreendedores dão dicas e relatam suas experiências com o programa Inova Amazônia, realizado pelo Sebrae

O palco Fábrica de Empreendedores, ambiente criado pelo Sebrae na quarta edição da Campus Party Brasília e que dá voz aos diversos casos de sucesso no empreendedorismo, recebeu, nesta quinta-feira (24), dois empreendedores do Distrito Federal que estão expandindo seus negócios para o Brasil e para o mundo. Vitor Moraes, idealizador e fundador da Bamburiti, e Dagon Ribeiro, CEO da Biotecland, bateram um papo sobre a experiência com o Inova Amazônia, programa do Sebrae criado para potencializar negócios ligados à bioeconomia, com a utilização sustentável de recursos naturais da biodiversidade amazônica.

 

A Bamburiti é uma startup que nasceu no Distrito Federal, idealizada por Vitor Moraes, que pesquisa e projeta produtos feitos com bambu há mais de dez anos. Hoje, o carro-chefe da Bamburiti são as bicicletas feitas de bambu, mas a empresa já fabricou artigos diversos, desde estruturas para construção civil a artigos de moda, decoração e design. “Nosso foco é a agroecologia, unindo arte e design. Com fibras naturais, buscamos fazer produtos economicamente viáveis, bonitos e funcionais. Chegamos às bikes desenvolvendo funcionalidade e alta performance”, disse. 

 

Com o apoio do Inova Amazônia, a Bamburiti vai levar as bicicletas de bambu para uso compartilhado em todo o Brasil, além de instalar uma fábrica colaborativa de bicicletas no Acre, aproveitando o enorme potencial produtivo de bambu da região. “O Inova Amazônia foi como a luva e a mão, pois já tínhamos essa pegada socioambiental e o desejo de expandir. A cadeia produtiva de bambu é dominada pela China. Aqui, no Brasil, temos a maior floresta de bambu nativo do mundo e ela não é explorada de forma comercial, ainda estamos engatinhando nesse sentido. Temos matéria-prima abundante, queremos fazer uma fábrica colaborativa, empregando pessoas, gerando emprego, renda, sustentabilidade e mobilidade”, projetou Moraes.

 

O idealizador da Bamburiti ainda destacou os aspectos sustentáveis quando se trata de produzir com bambu. Segundo ele, o manejo permite que sejam retirados cortes de bambu do solo sem arrancar as raízes, gerando a possibilidade de reaproveitamento de uma única planta diversas vezes. “O bambu é um dos vegetais que mais sequestram dióxido de carbono da atmosfera, tem perfil regenerativo. Não arrancamos as touceiras, onde recolhemos, nascem mais duas mudas”, explicou. 

 

Sustentabilidade aliada ao agronegócio

 

O CEO da Biotecland, Dagon Ribeiro, também contou como surgiu a ideia de estabelecer um empreendimento aliando sustentabilidade e agronegócio. A startup é dedicada à produção de biofertilizantes e bioestimulantes à base de microalgas, ajudando as plantas a se tornarem mais resistentes às mudanças climáticas, como excesso do sol e estiagem, além de fortalecê-las contra ataques das pragas e doenças no campo. “Em termos de fertilizantes, o agro é um mercado dominado por multinacionais. Nesse contexto, ficamos de olho nisso como uma oportunidade. Por que não produzir aqui mesmo?”, comentou Ribeiro, ao indicar que olhar para a concorrência também é importante no processo de planejamento e estruturação de um negócio. 

 

Ao relembrar sua trajetória, antes mesmo de lançar a Biotecland, Dagon afirmou que tinha a certeza de um desafio, mas estava mais focado na oportunidade. “Eu e meu sócio enxergávamos além dos dados. Poxa, tínhamos mais de 80% dos insumos vindos de fora. O que isso queria dizer? E se tivéssemos opções nativas, sustentáveis e eficientes?”, questionou. Com a participação no Inova Amazônia, a Biotecland foi selecionada, em primeiro lugar, para atender às demandas de um negócio amazônico focado em reflorestamento, em Rondônia. 

 

“É muito importante que donos de micro e pequenos negócios se conectem com o ecossistema de inovação. Aqui, nesse evento, temos mentores, possíveis clientes, possíveis investidores, todos querendo fazer negócio. A jornada empreendedora pode ser muito solitária se você não buscar ajuda. Considero isso fundamental”, recomendou Dagon. Para saber mais sobre o Inova Amazônia, acesse aqui


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