Barcelona é vibrante e encanta com seus museus
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Por: DIÁRIO DA MANHÃ, Publicado em: segunda, 26 de agosto de 2024

A cada passo na rua percebia-se, ao lado, turistas falando inglês, francês, alemão e chinês. Barcelona, nos primeiros dias de julho, fervilhava de turistas e o que mais se ouvia era o barulho das rodinhas das malas pelas calçadas. E uma constatação: muitas mulheres viajando sozinhas ou em grupo. Um bom sinal!

Outra constatação: os moradores usam muito motonetas, bicicletas e patinetes – estes dois últimos muito utilizados pelos turistas mais jovens e destemidos.

Mas antes de falar sobre a cidade catalã, outra constatação: como se ouve nos aeroportos brasileiros a poucos minutos antes de embarcar a companhia aérea informar que o voo está lotado e que oferece, de graça, o despacho das malas de bordo porque muito provavelmente não terá lugar no compartimento interno do avião. É um fenômeno crescente em razão do aumento das viagens, da determinação das aéreas de cobrar por quase tudo (incluindo malas despachadas) e que a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) e as companhias aéreas nacionais terão que encontrar uma solução prontamente.

Além da abundância de visitantes, o Velho Continente em julho fervia. Em Barcelona os termômetros alcançavam fácil os 35ºC, sem contar a sensação térmica.

Cidade Velha Barcelona

Cidade Velha.

Barcelona é uma cidade de muitas atrações que se adaptam a qualquer tipo de turista. Então, dependendo do que quiser fazer, a cidade oferecerá suas opções.

Ficamos três dias cheios em Barcelona, depois de um voo da Latam onde não conseguimos dormir. Foi um voo de quase 10 horas.

Na fileira atrás da nossa, uma moça praticamente surtou o voo inteiro. Falava coisas desconexas, acendia a luz do celular, procurava algo que nunca achava. E nas vezes em que a comissária ia conversar com ela, ela fingia que estava dormindo. Alguns minutos depois começa a fritar e falar sozinha – e proferindo palavrões.

Não foi o único problema: cerca de 3 horas após deixarmos Guarulhos o sistema de som do avião perguntava se havia algum médico a bordo. Era para atender uma senhora, três filas à nossa frente, que estava com problema de trombose. Se apresentaram três médicos: um ginecologista, um ortopedista e uma pediatra intensivista. Sonia e eu estávamos com quase certeza de que o voo faria um pouso de emergência em Natal, no Rio Grande do Norte, mas conseguiram estabilizar a senhora que ficou deitada em três bancos com as pernas para cima.

Sonia já conhecia Barcelona, que visitou anos atrás, mas era a minha primeira vez na cidade que nas placas, tem o catalão, espanhol e inglês.

E visitar uma cidade onde pôr do sol é lá pelas 20h30 faz o dia render mais.

Como sempre fazemos, gostamos de andar a pé e a localização do hotel – Mosaic Barcelona by Ona – é perfeita: fica na Rambla de Catalunya, 84, uma rua que privilegia os pedestres, com vários bares, restaurantes e lojas e apenas duas vias para trânsito de carros. Do hotel até a Playa de la Barceloneta são cerca de 3,5 km que, devagar e sempre e tomando muita água, não é tão difícil de percorrer.

Mercado de 188 anos

No meio do caminho, cerca de 1,7 km, está o Mercat de Sant Josep, uma construção de 1836 que é conhecida como Boqueria. São mais de 200 espaços comerciais com frutas e verduras, charcuteria, peixes, mariscos e ostras, bares e, lógico, jamón, o salame ibérico que é de comer ajoelhado.

Barcelona boqueria jámon

Jamón à mostra na Boqueria.

Ao final do caminho fica a Plaça del Portal de la Pau onde está um monumento a Colombo, uma das atrações da cidade, e o Mar Mediterrâneo. Nesse local tem passeios de barco e o Aquário de Barcelona.

Onde todo turista vai

Barcelona tem atrações que são aquelas que todo turista tem de ir e, quase sempre, são alvo de perguntas na volta: “Você foi à Sagrada Família?”. É inevitável não fazer essas visitas. Sim, fomos. Mas só do lado de fora. E, sem nenhuma surpresa, os guindastes ainda estão do lado de fora para confirmar que a obra não terminou. Se você quiser conhecer o interior, é melhor comprar sua entrada com antecedência porque a aglomeração em frente da Basílica é enorme. Agora há uma importante diferença de tempos atrás: a igreja está cercada, impedindo que se chegue mais próximo dela. O ingresso individual está a € 26 (cerca de R$ 155).

Sim, a vida de brasileiro em euros é cara. Sempre aconselham a viajar e não pensar em conversão. Mas é impossível. Não tem como não abrir o celular e procurar a calculadora ou fazer a conta de cabeça.

Para se ter uma ideia, garrafinha de água mineral começa nos € 1,50 (R$ 9) e é entrar num táxi e já pagar € 2,60 (R$ 16) para iniciar uma corrida. Uma banana sai por € 0,95 (R$ 6).

E táxi não é problema em Barcelona. Só de oficiais são 11 mil e aí pode adicionar os de aplicativos, como Uber.

Aliás, numa de nossas viagens de táxi, conversamos com Tony que diz trabalhar de dez a doze horas por dia. Disse que a cidade estava cheia de turistas, alertou para “táxis camuflados com pintura de Uber” e demonstrou uma preocupação: que essa “invasão” de turistas fosse prejudicar o atendimento a eles e que eles deixassem Barcelona com uma má impressão. O que não é muito difícil de acontecer, porque queríamos visitar o Park Guëll e só tinha entradas para três dias depois. Sonia disse que merece a visita. Entrada a € 10 (R$ 60).

Apesar de muitos turistas, vimos poucos policiais na rua e passeamos com tranquilidade em todos os lugares. Mas, sempre é bom não arriscar.

Barcelona

Turistas usam patinete em Barcelona.

Ah! o fumo é aceito em todos os lugares e se você tem cara e jeito de turista, em bares, restaurantes e lojas vão falar em inglês com você.

Outra daquelas visitas “pega turista” é a Casa Batlló, Patrimônio Mundial da Unesco. Outro ponto cheio de turistas. A casa tem concepção do arquiteto Gaudí é uma obra de arte. São vários tipos de visitas que começam a € 15 (R$ 90). Olhar de fora já é uma boa experiência. Tire suas fotos e vá ao lado, ao lado mesmo, a Battló está no nº 41, e no n º 43, tem o Museu Casa Amatler, um projeto de 1900, onde além de poder ver a casa tem o Faborit Coffee House (tem uma unidade em frente ao hotel Mosaic) onde dá para pedir uma bebida e descansar. Se quiser fazer uma visita que dura cerca de 1 hora, € 21 (R$ 125). Após, cerca de 8 minutos a pé, também olhe de fora outra obra de Gaudí, a Casa Milá, outro Patrimônio Histórico do Humanidade, do início dos anos 1900. Também conhecida como La Pedrera, a visita custa € 28 (R$ 170) e tem a visita Premium a € 120 (R$ 720).

Também a pé, recomendo conhecer a Cidade Velha. É muito legal andar por suas ruas e vielas e imaginar a Barcelona de muitos, muitos anos atrás. É o Centro Histórico.

Andando, sem pressa, observando os detalhes, você encontra o que é do seu interesse.

Como dar de cara com um Arco do Triunfo, de 1888, construído para ser a entrada Exposição Internacional de Barcelona e que fica na Cidade Velha.

Arco do Triunfo Barcelona

Arco do Triunfo fica no Passeig de Lluís Companys.

Não pode faltar Picasso e Miró

Fomos a dois museus que recomendamos fortemente. Conhecer as obras de Miró e Picasso é de extasiar!

O Museu dedicado a Picasso fica aberto de terça a domingo das 10h às 19h, de 1º de novembro a 30 de abril; das 9h às 20h às terças, quartas e domingos e das 9h às 21h às quintas, sextas e sábados de 2 de maio a 31 de outubro, a entrada é € 14 (R$ 84) que serão regiamente compensados ao ver todas as obras. Existem visitas guiadas em catalão, espanhol, inglês e francês. No primeiro domingo de cada mês a entrada é gratuita, mas é preciso fazer reserva.

Museu Picasso Barcelona

Museu Picasso.

São 16 salas para serem “degustadas” quadro a quadro.

Ficamos quase 5 horas no Museu Picasso.

E outro tanto de boas horas ficamos na Fundação Juan Miró. Abre de terça a sábado, das 10h às 22h e domingo das 10h às 19h.

Outro artista fantástico, com suas obras grandiosas (além do significado textual da palavra, grandiosa de pinturas enormes) que podem ter toda sua obra mais bem compreendida com visitas guiadas nas quatro línguas: catalã, espanhol, francês e inglês a € 22 (R$ 132).

Se você gosta de artes plásticas ou tem um conhecido que pinta, a apenas 7 minutos a pé do hotel Mosaic, está a Vicenç Piera, uma loja que é o parque de diversões de um pintor. A loja existe de 1941 e era ali que Picasso comprava seus materiais e só conseguimos encontrá-la com a ajuda do cônsul-geral do Brasil em Barcelona, Pedro Borio, contato passado gentilmente pelo amigo Gerson Guelmann.

Observação importante: se tiver mais de 65 anos é sempre bom perguntar se tem desconto em museus e atrações turísticas.

O hotel

Como disse acima, a localização do Mosaic Barcelona by Ona é muito boa.

A tarifa é a partir de € 82 (R$ 500) e são oferecidos quatro tipos de apartamentos: duplo, duplo com terraço, suíte com sacada, suíte com terraço e duplo com sacada. Optamos por diária sem café e a cada manhã nosso café era em lugar diferentes.

O prédio onde está o hotel tem mais de 100 anos. A porta de entrada de madeira revela a idade. Só há pouco mais de dez anos foi transformado em hotel com todas as modernidades.

Ficamos no quarto standard que tinha cama e chuveiros excelentes.

Onde comemos e recomendamos

Tapas Les Corts, Rambla de Catalunya, 13, de tapas, aquelas porções de comidinhas típicas da Espanha

Mar i Terra, Rambla de Catalunya, 80, tem ostras

La Bodegueta, Rambla de Catalunya, 100, as batatas bravas são muito boas

La Flauta, Rambla de Catalunya, 91, de tapas e cozinha mediterrânea

Casa Moritz, Rambla de Catalunya, 79. O restaurante está no mesmo endereço desde 1856, e diz que ali foi criada a primeira cerveja de Barcelona. A cozinha é comandada pelo chef Jordi Vilá, 1 estrela Michelin. Eu pedi um prato chamado Flammkuchen (€ 7,45 -R$ 45), de origem da Alsácia, que é uma pizza de massa finíssima.

Casa Moritz Barcelona

Flammkuchen.

elFornet, Rambla de Catalunya, 82, ótima pedida para o café da manhã e pode pedir o sanduíche de atum.

Na viagem tivemos apoio da GR Turismo.

Jean Luiz Féder, com fotos, jornalista associado a Abrajet-PR

Fonte: https://nowboarding.com.br/barcelona-encanta-com-seus-museus/


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